Religioso brasileiro nascido na cidade de Acari, Estado do Rio Grande do Norte, muito querido por todos em sua terra e cuja principal obra no seu paroquiato foi a construção (1859-1863) de uma nova e atual Igreja Matriz da cidade (atualmente Basílica Menor), a única do Rio Grande do Norte.

De uma família de forte tradição católica, era filho de Antônio Pereira de Araújo e Maria José de Medeiros, foi educado em sua cidade natal e matriculou-se no Seminário de Olinda, em Pernambuco (1826). Ordenado em Salvador, na Bahia (1832), pelo Arcebispo Dom Romualdo Antonio de Seixas, voltou para Acari e passou a exercer as funções de Capelão da Capela de Nossa Senhora da Guia do Acari, na época subordinada à Paróquia de Santana de Caicó, substituindo o Padre Manoel Cassiano da Costa Pereira.

Com a criação da Paróquia de Nossa Senhora da Guia do Acari (1835), foi nomeado pelo Padre visitador, Francisco de Brito Guerra, Primeiro Vigário da nova matriz. Também no mesmo ano, foi nomeado para reger a Paróquia de Nossa Senhora Mercês de Cuité na Paraíba. Quatro anos depois tomou posse como Vigário Colado da Paróquia de Nossa Senhora da Guia. Ativo na política, foi Deputado Provincial por três legislaturas (1835-1841 / 1848-1849 / 1860 a 1861) e recebeu do governo imperial a Comenda de Cristo e da Ordem da Rosa. Como vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Guia do Acari, era também responsável pelas capelas de Nossa Senhora da Conceição de Jardim do Seridó, antiga Conceição do Azevedo, de Santana de Currais Novos, e de São Sebastião de Florânia, antiga Flores. Faleceu em sua cidade natal, aos 84 anos de vida e após 61 anos de sacerdócio, e foi sepultado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia que ele mesmo construíra.

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